sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Genealogia

Descobrir as raízes, organizar a informação relativa aos nossos antepassados, tem fortes relações com a Informática.
Cada um organiza a sua pesquisa genealógica como entende, e há muitas alternativas hoje, cada uma com as suas vantagens e inconvenientes.
Eu sempre usei uma plataforma online gratuita para guardar a minha árvore, comecei pelo MyHeritage, e, quando atingi os primeiros 500 membros, porque na altura deixava de ser gratuita, passei para o Ancestry.
Apesar dessa limitação ter desaparecido, hoje continuo a usar o Ancestry, e anexo a cada pessoa da árvore os registos paroquiais respectivos, outros documentos, e mesmo fotos.
Raiz da minha árvore genealógica no Ancestry
Realmente, mantenho cópias da minha árvore noutras plataformas, desde logo no MyHeritage e no Geneanet, tirando partido do facto de haver um formato de ficheiro genealógico GEDCOM compatível com estas plataformas, e não só.
Como estas plataformas enviam aos utilizadores muitas sugestões de familiares, algumas certas, outras erradas, embora quase todas acessíveis através de um registo pago, que eu nunca fiz, há sempre uma pista ou outra que se pode aproveitar.
E também todas permitem imprimir a nossa árvore em diversos formatos, como esta, retirada do Geneanet
Árvore importada do Geneanet.org (5 gerações)
Comecei por pesquisar directamente nos registos paroquiais online.
Os registos paroquiais até 1910, ou um pouco mais, excepto os que se extraviaram, estão guardados nos Arquivos Distritais e acessiveis através das suas plataformas, ou então usando o indispensável Tombo.pt, que disponibiliza links para todos os livros, e muitos mais documentos, e mesmo uma extensão para o Chrome, uma ferramenta de leitura dos livros paroquiais com muita utilidade.
Outra plataforma indispensável é o blogue GenealogiaFB.
Sendo a genealogia uma actividade colaborativa, pela simples razão de o mesmo antepassado poder pertencer a múltiplas árvores, e ser desafiante saber o que outros descobriram sobre esse antepassado nosso, neste momento rendi-me ao FamilySearch como instrumento de pesquisa.
O FamilySearch basicamente digitalizou a maior parte dos registos disponíveis em todo o mundo, indexou-os automaticamente, com os erros inerentes à leitura automática de manuscritos muitas vezes quase indecifráveis, e permite associá-los a pessoas.
Tem o conceito de árvore genealógica única, construída através da junção das contribuições de todos, e sempre que acrescentamos uma pessoa à nossa árvore ele tenta saber se essa pessoa por acaso já estará nessa árvore gigante ou não, procurando evitar duplicações.
Todas as acções ou correcções ficam registadas.
É uma ferramenta bastante mais complexa que as anteriores, mas em que, na minha opinião, vale a pena investir tempo.
Finalmente, visito muitas vezes o forum de genealogia Geneall, para procurar interessados nas minhas investigações.
[uma continuação aqui]

3 comentários:

  1. Boa noite. Depois de ver a sua publicação no Grupo de Genealogia Portugal, no Facebook e de ler com atenção e muito interesse este seu blog, gostaria que me dissesse que pesquisas faz para a elaboração da sua árvore genealógica: resume-se aos seus antepassados em linha directa (pais, avós, bisavós, etc), ou pesquisa também as linhas colaterais? E se sim, até que grau ou graus?
    Como se compreende, as pesquisas de linhas colaterais "atiram" a árvore genealógica para dimensões descomunais. Mas por outro lado, não fazer esse tipo de pesquisa, é como que cortar uma dimensão importante dos nossos antepassados.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado pela questão.
      Bem. Eu olho para a genealogia não só do ponto de vista da história familiar e de deixar esse legado aos vindouros, mas também como um caso de pesquisa, organização e partilha da informação. Daí dar preferência a plataformas na Web.
      Comecei por olhar só para os ascendentes directos, mas hoje interesso-me muito pelos ramos colaterais, pelos padrinhos, por saber quem conhecia quem e como representar essa informação.
      As árvores não dão resposta a esta questão de quem partilhou o mesmo espaço e tempo. Estou a olhar para o Gramps e ver as suas potencialidades.
      Um dia destes, escrevo sobre isso.

      Eliminar
    2. Agradeço a resposta. Confesso que não tenho prestado atenção aos padrinhos, embora já há algum tempo que me questiono se essa não é uma informação interessante que deveria ser recolhida.
      Eu tenho usado o MyHeritage (versão paga) para elaboração da minha árvore e vou recorrendo ao Family Search, apesar de não gostar muito da forma como a informação é apresentada (são tantos os erros que me tiram um pouco o interesse). E claro para as pesquisas o Tombo.pt e o CRAV. Enfim, aos poucos vou avançando (melhor dizendo, recuando) nesta tarefa que acho tão interessante.
      Ficarei atento às suas publicações. Até lá, desejo-lhe boas pesquisas.

      Eliminar